Estudo de caso: Erro na contratação da empresa de manutenção e pintura predial – Condomínio Edifício Brisa do Morumbi.
A história que contaremos hoje é muito mais comum do que podemos imaginar. O que acontece quando o condomínio contrata mal a empresa que irá executar a manutenção e pintura de fachada do condomínio, uma obra que importa um alto investimento, além de tantos outros aspectos como a segurança do trabalho? Muita dor de cabeça.
Foi o que ocorreu com o Edifício Brisa do Morumbi, em São Paulo, onde Karin Pontes é síndica e moradora. “Nós nos deparamos com funcionários desorganizados, mal-educados e, ainda pior e gravíssimo, um deles se apresentava alcoolizado para realizar trabalho em altura. Um horror! Isso quando apareciam para trabalhar”, relata Karin.
Algumas unidades do condomínio possuem varanda sem fechamento com vidro. “O serviço foi tão ruim, sem o menor critério de segurança e proteção, que deixaram cair material nos pisos desses apartamentos, os quais tivemos que trocar posteriormente. Imagine o prejuízo, o desgaste e o risco de atingir alguma pessoa”, lamenta Karin. A gota d’água para que a síndica tomasse a decisão de rescindir o contrato veio após a solicitação da empresa de pedir um adiantamento, não previsto, para comprar tinta em nome do condomínio. “Tínhamos tudo em contrato, tudo aprovado em assembleia, e não teria cabimento despendermos da quantia a mais, sem a devida entrega do serviço conforme cronograma físico financeiro da obra”, reclama. A gestora reconhece, entretanto, que o valor mais baixo dentre os orçamentos que tinha acabou ganhando a concorrência.
O nível de estresse foi bastante grande, no entanto, devido à sua experiência como gestora e à estrutura financeira do condomínio, Karin pode contornar a situação, sem precisar aumentar o rateio, reduzindo todos os gastos possíveis. “Fechamos as torneiras radicalmente, e como as decisões aqui são compartilhadas, pois temos o conselho diretivo e a comissão de obras, a responsabilidade foi dividida, permitindo que toda situação fosse menos traumática para mim”, diz Karin. Apenas 40% da obra foram realizados pela empresa inicial até o momento da rescisão contratual de acordo com ela, que, a partir de uma indicação, chegou à RKB Engenharia.
“Estava extremamente desgastada com todo o processo, porém quando conversei com os diretores da RKB Engenharia já senti a diferença de postura e total respeito em um momento bastante delicado. A seriedade e o rigor no atendimento aos aspectos técnicos trouxeram segurança e mais tranquilidade, depois da experiência desastrosa com a empresa anterior”, observa Karin.
O impacto foi tanto, que o condomínio resolveu não tomar nenhuma providência judicial. “Os funcionários conheciam muito sobre o condomínio, a rotina dos moradores, plantas da edificação, enfim, achamos melhor não entrar nessa seara”, acrescenta Karin, que já recuperou o fôlego e tem diversas obras em perspectiva para valorizar seu patrimônio.
Esta história reforça o que temos comentado por aqui e fica a dica para o gestor: tenha critérios rigorosos para a contratação da empresa de manutenção e pintura da fachada predial. Converse com clientes já atendidos, analise todos os pormenores do contrato, sempre vincule a entrega do serviço com os pagamentos e, por último, mas não menos importante, fiquem atentos a orçamentos que fogem da média do mercado.
Ficha técnica
Status – Concluída
Metragem total fachadas 14920m2
Nº Pavimentos 31
Blocos 01
Equipe técnica
Engenheiro Geral: Ralph Gallo
Coordenador de Obras: Eng. Leonardo Morelli
Supervisor de Obras: Leonardo Brito
Arquiteta Urbanista: Giselle Ortmann
Técnico de Segurança: Célio Sabino